A Justiça decretou, nesta sexta-feira (19), a prisão de José Hilson Paiva, médico de Uruburetama suspeito de abusar sexualmente de várias mulheres enquanto realizava atendimento ginecológico na cidade. Os abusos eram filmados por ele mesmo, sem o consentimento das mulheres. As vítimas denunciam que o médico e prefeito, agora afastado, cometia os supostos crimes desde a década de 1980. A reportagem entrou em contato com a defesa e aguada um posicionamento do advogado sobre a decisão.
A decisão ainda inclui um pedido de busca e apreensão em endereços indicados pela autoridade policial, localizados tanto em Fortaleza quanto na cidade de Uruburetama. A medida é para apreender computadores, celulares, tablets, HDs externos, CDs e DVDs gravados, receituários médicos, prescrições, agendas de consultas, além de demais objetos relacionados aos fatos delituosos.
“A prisão preventiva se faz necessária afim de preservar higidez das provas a serem produzidas em juízo eis que da leiura das peças deprende-se que o representado venha utilizando sua inflência para se manter impune ao longo de vários anos do que se pode deduzir a possibilidade de ele, o representado, em liberdade embaraçar investigação policial e instrução criminal”, diz o documento na decisão emitida pelo juiz Jose Cleber Moura do Nacimento.
Com o afastamento da prefeitura, após a repercussão das denúncias, o médico saiu de Uruburetama e veio para Fortaleza.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) havia pedido a prisão preventiva do médico na quarta-feira (17). A Promotoria de Justiça de Uruburetama argumentou, no pedido de prisão divulgado na quinta-feira (18), que o médico poderia comprometer as investigações por sua “influência no município e no meio político”.
Para a Promotoria, Paiva poderia “coagir, constranger, ameaçar, corromper, enfim, praticar atos tendentes a comprometer a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil”.
Fonte> diariodonordeste.verdesmares.com.br