O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira, durante visita de Estado à Indonésia, que vai disputar um quarto mandato em 2026. Em declaração à imprensa diante do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, Lula disse ter a mesma energia de quando tinha 30 anos.
— Eu quero lhe dizer que eu vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil — afirmou Lula.
O presidente brasileiro fará aniversário no dia 27. Se eventualmente for reeleito no ano que vem, tomará posse para o seu quarto mandato com 81 anos.
— Então, eu estou lhe dizendo isso porque nós ainda vamos nos encontrar muitas vezes. Esse meu mandato só termina em 2026, no final do ano. Mas eu estou preparado para disputar outras eleições e tentar fazer com que a relação entre Indonésia e Brasil seja uma relação, sabe, por demais valorosa, e que a nossa relação traga mais empresários brasileiros para visitar a Indonésia — completou o presidente brasileiro.
Lula deixou o Brasil na terça-feira para a visita de Estado à Indonésia. Em seguida, o presidente participará da Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Malásia. Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem se encontrar o sábado, após a abertura da cúpula.
A reunião entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos está sendo preparado pelas chancelarias dos dois países. Há cerca de duas semanas, eles conversaram por telefone durante meia hora. O diálogo foi seguido por uma reunião em Washington, na última quinta-feira, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Nos dois casos, o foco foi a economia. Não se tratou do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Autoridades que acompanham o tema em Brasília avaliam que a reunião poderá marcar o início de uma mudança na relação bilateral, abrindo caminho para negociações comerciais e um diálogo político mais estável. A expectativa é de que haja disposição de ambos os lados para superar a pior crise em mais de 200 anos de relações entre Brasil e Estados Unidos.