No início do mês de dezembro, o Sindicato dos Médicos do Ceará anunciou uma demissão em massa dos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Limoeiro, em Juazeiro do Norte. O motivo seria atraso no pagamento dos salários e falta de aumento há sete anos.
Há pouco mais de um mês, a população reclamava da falta de profissionais no local, que se deu por conta de uma paralisação dos médicos que reivindicavam o pagamento dos salários dos meses de novembro e dezembro.
Mesmo tendo recebido, logo após a paralisação, um dos salários atrasados, os médicos que saíram da UPA Limoeiro ainda não receberam o pagamento das rescisões trabalhistas, que estava marcado para esta segunda-feira (10).
Médicos que trabalhavam no local afirmam que algumas demissões foram solicitadas pelos próprios trabalhadores, mas que outros foram demitidos involuntariamente.
Também há um mês, em 11 de janeiro, a nova empresa gestora, Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu (ACENI), assumiu a administração da UPA e do Hospital Maternidade São Lucas. Nela, o pagamento está marcado para o mês subsequente, na segunda quinzena, não tendo ainda apresentado atraso.
Com isso, a responsabilidade do pagamento das rescisões atrasadas recai sobre o Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI), que afirma não ter recebido a verba da Secretaria de Saúde.
Em nota, o IMEGI diz que “em virtude da ausência de repasse financeiro por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro do Norte, infelizmente o IMEGI não conseguirá cumprir o prazo estabelecido para o pagamento das rescisões trabalhistas dos funcionários da UPA Limoeiro e Hospital Maternidade São Lucas”, afirma a nota.
A redação aguarda o posicionamento da Secretaria.