A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu o primeiro passo para encerrar uma dívida histórica. Nesta semana, realizou um depósito judicial de R$ 80,9 milhões ao Icasa, referente à indenização pelo erro de arbitragem que tirou do clube cearense a chance de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro de 2013. O montante total devido, porém, é de R$ 84,3 milhões.
Do valor depositado, aproximadamente R$ 75 milhões são a indenização propriamente dita ao clube, enquanto os outros R$ 10 milhões se destinam ao pagamento de honorários advocatícios. Diante do pagamento parcial, a defesa do Verdão do Cariri já prepara um recurso para exigir na Justiça o depósito dos R$ 3,4 milhões restantes. Os advogados devem acionar o Judiciário já nesta quinta-feira, 18, já que nesta quarta foi ponto facultativo no Rio.
A movimentação tem urgência devido ao recesso forense, que começa no dia 20 de dezembro e só termina em janeiro de 2026. Qualquer pendência pode, portanto, ficar para ser resolvida apenas no próximo ano.
Segundo apuração da rádio O POVO CBN Cariri, os recursos recebidos serão investidos na melhoria da estrutura do clube. As prioridades são reformas no Centro de Treinamento Praxedão, incluindo vestiários, departamento médico e a troca do gramado. O investimento visa também fortalecer o time para a disputa da Série B do Cearense em 2026.
O presidente do Icasa, Celso Pontes, optou por não se pronunciar detalhadamente sobre o caso no momento. Sobre outras dívidas, como as trabalhistas, ele afirmou que não há um valor definido, citando a entrada constante de novos processos. “Só quando a Justiça pagar todos os valores (é que iremos saber). Todo dia entra um novo processo, por isso não temos um valor real”, declarou.
O litígio começou há mais de uma década, quando o Icasa contestou a escalação irregular de um jogador do Figueirense no campeonato de 2013. Na ocasião, apenas um ponto separou as equipes, ficando o Figueirense com a vaga na elite. A CBF, organizadora do torneio, reconheceu posteriormente a falha, mas as sucessivas apelações protelaram o pagamento da indenização por mais de dez anos.
- Fonte< O POVO CBN Cariri








