O acidente vascular cerebral, AVC, é uma emergência médica que pode se manifestar de duas maneiras. A primeira se chama AVC isquêmico e ocorre quando há uma interrupção no fluxo de sangue para o cérebro. Já a segunda, conhecida como AVC hemorrágico, acontece quando um vaso sanguíneo se rompe e provoca um sangramento no cérebro.
Segundo o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, o AVC hemorrágico é um quadro que tende a ser mais grave. Isso porque causa um dano adicional do sangue no tecido cerebral e pode resultar em uma hipertensão intracraniana cujo risco de óbito é alto. “Ambas as situações resultam em uma redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes às células cerebrais, podendo causar danos permanentes”, explica o médico.
Sintomas do AVC
Apesar de causar grandes danos à saúde e possíveis sequelas, a doença nem sempre se manifesta por meio de sinais claros e fáceis de identificar. Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas corporais.
Saiba quais são os principais abaixo.
Formigamento de um lado do corpo
Perda de força
Alterações na visão
Incapacidade de levantar os braços ou pernas
Sorriso assimétrico
Náuseas e vômitos
Dificuldades para falar
O especialista esclarece que para detectar os sintomas de maneira mais prática, se indica a realização da técnica do SAMU (Sorrir, Abraçar, Mensagem e Urgência). “Se uma pessoa apresenta dificuldade para sorrir, levantar os braços ou tem a fala embolada, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, ligando para o 192 e relatando a suspeita de AVC”, orienta.
Diagnóstico
O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que identificam qual área do cérebro foi afetada e o tipo do derrame cerebral. É o caso da tomografia computadorizada de crânio, método mais comum para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, por exemplo.
Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, adotar alguns cuidados clínicos de emergência quando o paciente chega ao hospital é essencial.
Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura
Checar a glicemia
Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos
Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado
Administrar oxigênio, se necessário
Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante
Fatores de risco para o AVC
Alguns fatores e condições de saúde podem aumentar a propensão de se ter um AVC, seja ele isquêmico ou hemorrágico.
Obesidade
Hipertensão
Diabetes tipo 2
Colesterol alto
Sedentarismo
Tabagismo
Uso excessivo de álcool
Uso de drogas
Histórico familiar
Idade avançada
Ser do sexo masculino
Prevenção
A inclusão de práticas simples é fundamental para prevenir a doença. Fazer exercícios físicos com regularidade, evitar o consumo de álcool e tabaco, controlar o estresse e cuidar da pressão arterial são atitudes que podem fazer a diferença. “Adotar hábitos saudáveis é crucial para reduzir o risco de um AVC e promover uma vida mais equilibrada”, conclui o neurocirurgião.
(*)com informação do Site Terra