O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) divulgou o levantamento anual que conta com os 100 parlamentares, incluindo deputados federais e senadores, mais influentes do Congresso Nacional. O documento de 2021 conta com os nomes de quatro cearenses.
Na lista, chamada de “Os ‘Cabeças’ do Congresso Nacional’, estão os senadores Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB) e os deputados André Figueiredo (PDT) e José Guimarães (PT).
Cid é encaixado na lista como debatedor, Tasso aparece como formulador, André é classificado como negociador e Guimarães é tido como articulador/negociador. Confira o que significa cada um dos termos:
Debatedor
São parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e principalmente com grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário, na imprensa ou nas redes sociais, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso Nacional. São, por essência, parlamentares extrovertidos, que procuram ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia.
Formulador
São os parlamentares que se dedicam à elaboração de textos com propostas para deliberação. Normalmente são juristas, economistas ou pessoas que se especializaram em determinada área, a ponto de formular sobre os temas que dominam. São, certamente, os parlamentares mais produtivos, embora tenham menos visibilidade que os debatedores.
Negociador
Em geral líderes ou vice-líderes partidários, os negociadores são aqueles parlamentares que, investidos de autoridade para firmar e honrar compromissos, sentam-se à mesa de negociação respaldados para tomar decisões. Os negociadores, normalmente parlamentares experientes e respeitados por seus pares, sabedores de seus limites de concessões, procuram previamente conhecer as aspirações e bases de barganha dos interlocutores para estabelecer sua tática de convencimento.
Articulador/Negociador
São parlamentares com excelente trânsito nas diversas correntes políticas, cuja facilidade de interpretar o pensamento da maioria o credencia a ordenar e criar as condições para o consenso. Muitos deles exercem um poder invisível entre seus colegas de bancada, sem aparecer na imprensa ou nos debates de plenários e comissões. Como interlocutores dos líderes de opinião, encarregam-se de difundir e sustentar as decisões ou intenções dos formadores de opinião, formando uma massa de apoio à iniciativa dos dirigentes dos grupos políticos a que pertencem. Normalmente, têm livre acesso aos bastidores ao poder institucional e alto grau de fidelidade às diretrizes partidárias ou ideológicas do grupo político que integram. Não são necessariamente eruditos, intelectuais, mas possuem instinto político e o dom da síntese.